O investidor é aquele que “aplica as suas disponibilidades na compra de ações e títulos negociados no mercado de capitais”.
A diferença específica do especulador seria “fazer investimentos comerciais ou financeiros, visando obter lucros excepcionais de acordo com as flutuações do mercado”.
A má especulação, segundo B. Graham, consiste em diminuir as próprias chances de construir riquezas. Investir, por outro lado, seria “uma operação que, após análise profunda, promete a segurança do principal e um retorno adequado”.
Analisando esta breve definição de investir pode-se evidenciar três aspectos importantes, a saber: a) deve-se conhecer profundamente o ativo objeto de investimento; b) deve-se deliberadamente proteger-se contra perdas significativas; e c) deve-se aspirar ganhos modestos, razoáveis.
O bom especulador, conforme outra definição, seria “aquele que investiga”, portanto se após profunda deliberação ele acredita na valorização dum ativo, ele o comprará na esperança de vendê-lo no futuro a preços mais favoráveis, auferindo lucros significativos.
O investidor, no entendimento de Graham, compra um ativo pelo seu valor intrínseco, porque a instituição por detrás da emissão dele é confiável, porque o preço do ativo apresenta-se subvalorizado, porque ele pretende reter o ativo por tempo indeterminado, quer dizer, o investidor ainda se difere do bom especulador por agir com magna paciência na comprar e manutenção de ativos “bons e baratos”.
O professor de Warren Buffett, B. Graham, afirma que a “especulação deve ser tratada como a ida a cassinos”, que você nunca deve “confundir investimento com especulação”, que especular se torna “perigoso quando você começa a levar essa prática a sério” e, finalmente, que você deve “limitar de forma significativa” os valores que você resolver destinar para a especulação.
O gestor de RPPS é um investidor, não um especulador.
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